Depois de um ano e meio no ar, a versão 4.0 do SAFe deu lugar ao SAFe 4.5. A nova atualização está disponível desde o final de junho deste ano e trouxe mudanças que reforçam uma tendência que já antecipamos aqui no post “Metodologias ágeis: muito além das equipes de desenvolvimento de software”.
Para começar, o próprio nome do framework foi reformulado passando de Safe 4.0 Lean Software and Systems Engineering para Safe for Lean Enterprises.
“O antigo nome restringia o framework a área de engenharia de software. No entanto, já é um fato conhecido que as práticas ágeis podem apoiar os mais diferentes tipos de atividades, não se restringindo, portanto, ao desenvolvimento de sistemas”, afirma o Consultor de DevOps e Gestão Ágil da OneForce, Renato Nascimento.
A mudança de nomenclatura só reforça o grande potencial que o framework possui para apoiar os mais diversos tipos de organizações. “Acreditamos que clientes de outras áreas também podem colher ótimos resultados com as metodologias ágeis. Por isso, na OneForce, trabalhamos há algum tempo na expansão da empregabilidade de práticas ágeis ”, acrescenta Renato.
E as mudanças não param por aí. Confira as principais novidades trazidas pelo SAFe 4.5.
QUATRO NOVAS CONFIGURAÇÕES
- Essential
- Portfolio
- Large Solutions
- Full
As novas configurações do framework visam atender aos diferentes ambientes de desenvolvimento. Desde os mais simples até os mais complexos.
“A versão Essential abrange, como o nome já diz, os elementos básicos para começar a implantar o ágil escalável. Apesar do termo Essential, acredito que hoje essa seja a modalidade de maior representatividade nas organizações no Brasil. Isso porque levar as práticas ágeis ao nível de gestão de Solução e, principalmente, ao de Portfólio, ainda demonstra ser um desafio vencido por poucas organizações por aqui”, detalha Renato.
“Mais cedo ou mais tarde, as organizações vão enxergar que a gestão estratégica de uma empresa precisa evoluir para se tornar mais flexível, iterativa e inovadora. Isso é uma questão de sobrevivência”, afirma Renato.
Para o desenvolvimento de soluções grandes e complexas, como os de empresas dos setores Aeroespacial, de Defesa e Governamental, a versão Large Solutions é a mais indicada.
“Estamos falando aqui do desenvolvimento de soluções realmente grandes, que podem ser compostas por vários programas e contendo atividades tanto internas como de fornecedores. A configuração ‘Large Solution SAFe’ é aplicável quando se deseja escalar as práticas ágeis até a gestão dessas soluções, mas que, ao mesmo tempo, deseja-se que a gestão de portfólio continue ainda seguindo o modelo tradicional”, pontua Renato.
Com essa nova divisão, a expectativa é que o framework tenha uma penetração maior em empresas que vivenciam diferentes níveis de maturidade e que possuem suas peculiaridades culturais.
DEVOPS E SAFe
As práticas de DevOps, que antes estavam dispersas no framework, finalmente ganharam uma atenção especial. “O framework já trazia anteriormente diversas práticas de DevOps, mas era algo ainda tímido. Seguindo um movimento do mercado, em que essas práticas têm ganhado cada vez mais força, essa nova versão do SAFe agora traz uma forte ligação com DevOps, com o objetivo de quebrar silos e potencializar os resultados de algumas práticas ágeis ”, destaca Renato. Em todas as configurações, o DevOps está presente no nível de Programas.
Com a integração de DevOps em escala ao Pipeline de Continuous Delivery, a intenção é acelerar o Ciclo Desenvolvimento-Teste-Aprendizado – proveniente do movimento Lean Startup – que também é aplicado às configurações da nova versão.
SAFE 4.5 ROADMAP
É literalmente o detalhamento do caminho que é necessário percorrer para implementar o framework.
O Roadmap traz 12 matérias sobre atividades que comprovadamente aumentam o sucesso na implantação do SAFe nas organizações.
Se você tem dúvidas sobre as mudanças ou quer saber mais sobre os impactos que a nova versão terá no seu negócio, entre em contato com a gente.
Os resultados que podem ser alcançados com a implantação do SAFe. A Softplan, maior empresa de desenvolvimento de software do Sul do Brasil, reduziu pela metade o time-to-market e ainda aumentou a capacidade de entrega de softwares em 40%.