Uma equipe dedicada à transformação ágil (Parte II)

Para encerrar a série de matérias sobre o webcast promovido pela IBM com o especialista em Agile Transformation, Anthony Crain, vamos detalhar, neste post, os outros 6 badges que devem ser distribuídos às equipes que estão à frente do processo de transformação ágil.

Na matéria “Uma equipe dedicada à transformação ágil parte I“, detalhamos os primeiros badges e em “Criando uma organização ágil” mostramos os primeiros passos para implantar metodologias ágeis. O conteúdo completo do que vem sendo discutido até agora está disponível em www.imwuc.org. Cadastre-se e procure pelo título: Creating Agile Organizations.

 

7 – Melhoria contínua

É preciso estimular melhorias e isso só é possível se as pessoas envolvidas se comprometerem a avaliar o que está indo bem e darem ideias ou sugestões para realizar progressos no que parece não estar caminhando na direção esperada.

Por meio da adoção dos chamados Pedidos de Melhoria dos Processos, é possível criar um ambiente fértil para que novas ideias de melhoria surjam e sejam implementadas. Ambientes abertos a esse tipo de colaboração amenizam as frustrações naturais em movimentos de mudança como o da transformação ágil.

Essa prática pode, inclusive, ser atrelada à conquista de novos selos. Uma equipe que sugere melhorias adquire novas habilidades, assim como aquela que as implementa. Dessa forma, cria-se um círculo virtuoso de novas ideias e todos caminham rumo ao amadurecimento das habilidades e avanço nos níveis de atributos conquistados.

O mais interessante é que as equipes adquirem um papel importante na adequação dos métodos à realidade da empresa. Isso certamente aumenta a adesão às boas práticas.

 

8 – Comunidades de prática

É aqui que o aprendizado se torna contínuo e disseminado em toda a organização. As Comunidades de prática são compostas por grupos que se reúnem regularmente para compartilhar conhecimentos e experiências que sejam de interesse comum.

A indicação aqui é começar com Comunidades de prática que envolvam os Coaches e Scrum Masters. Esses profissionais estabelecem um backlog de tópicos a serem discutidos e os colocam na mesa para debate.

Podem ser criadas Comunidades de prática dos mais diversos grupos como Desenvolvimento, Arquitetura, Teste… O objetivo final é que os grupos cresçam juntos a partir desse compartilhamento constante.

 

9 – Equipes de alta performance

Como ressaltado no tópico 4, equipes de alta performance são a essência da transformação ágil. Para desenvolvê-las, as práticas previstas por Crain definem a distribuição de 54 selos.

Desses, 10 são comuns a todas as equipes enquanto os demais são distribuídos entre os times de arquitetura, requisitos, desenvolvimento, teste, deployment, DevOps, User Experience, SAFe e Kanban.

Apenas para que se tenha uma ideia, entre os 10 selos que todas as equipes precisam se esforçar para conquistar estão: Planejamento de Iteração; Gerenciamento de tempo de risco; Retrospectiva; Planejamento de Entrega, entre outros.

 

10 – Programas de alta performance

A ideia é a mesma dos times de alta performance com a diferença que são aplicados outros 15 tipos de badges. O framework ágil utilizado como referência por Crain é o SAFe. Você pode saber mais sobre ele nessa matéria que divulgamos.

 

11 – Gerenciamento de portfólio ágil

Como fazer análise e estimativa de portfólio; contabilidade para inovação; alinhamento com as metas do negócio; mapeamento de fluxo de valor; mensuração do valor do projeto. Esses são alguns dos tópicos a serem avaliados para a conquista deste selo.

Todos esses fatores são importantes para garantir que a transformação ágil esteja alinhada com os objetivos gerais da empresa, irá gerar o valor esperado e estará surtindo os efeitos previstos entre as equipes.

 

12 – Equipes de transformação de alta performance

Equipe que impulsiona outras equipes a também serem ágeis para que o ciclo se repita. Neste caso, a equipe só ganhará o selo quando auxiliar outro time a conquistar os mesmos 12 badges. Dessa forma, estimula-se a propagação dos conhecimentos e das boas práticas estabelecidas.

 

CONCLUSÃO

O mais interessante na abordagem de Crain é o estabelecimento de processos muito claros e objetivos atrelados a uma didática envolvente que prevê uma disputa saudável de selos.

Considerando todos os temas discutidos nos últimos posts, é fácil notar que a Transformação Ágil tem diversas complexidades que vão desde questões técnicas até as culturais.

Se a sua empresa precisa de auxílio para dar início à mudança, entre em contato com a OneForce para entender como trabalhamos. E não se esqueça de assinar nossa newsletter para ficar por dentro de todas as atualizações do blog. Até a próxima.